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Economia

Dólar e Ibovespa operam estáveis nesta terça

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O Ibovespa opera em ligeiro avanço na abertura dos negócios desta terça-feira. Às 10h30, o principal índice da B3 tinha ganhos de 0,15%, aos 145.333 pontos. A maioria das ações operava na estabilidade.

A Petrobras (PETR4) subia aos 0,8% de alta, em linha com a valorização de mais de 1% das duas referências globais do petróleo. Prio (PRIO3) e Brava (BRAV3) acompanhavam, subindo, respectivamente, 0,76% e 0,43%.

A Cosan (CSAN3) corrigia as perdas de ontem, no segundo pior pregão da história da empresa. Na abertura, subia 0,65%.

Os bancos, com peso, operavam mistos: Itaú (ITUB4) subia 0,68%, enquanto o Bradesco (BBDC4) cedia 0,17%.

A queda no DI ajudava no ímpeto de empresas voltadas ao consumo doméstico, enquanto a Vale (VALE3) operava de lado, aos 0,05% de alta, após a queda firme do minério de ferro na China, de mais de 1%.

Juros futuros operam em baixa

Apesar da ata do Copom em tom mais duro, fazendo diversas casas de investimento afirmar que um corte na Selic só venha a partir do primeiro trimestre de 2026, os juros futuros operam em baixa ao longo da curva, corrigindo o avanço de ontem.

Às 10h15:

Com o recuo, ações voltadas ao mercado doméstico subiam:

Dólar de lado, à espera de Powell

O dólar opera em ligeira alta na abertura dos negócios desta terça. Às 10h, a divisa subia 0,1%, enquanto o contrato futuro da moeda para outubro subia 0,04%, aos R$ 5,34. O movimento era levemente contrário ao ímpeto do dólar contra moedas fortes, que desvalorizava 0,04%, medido pelo índice DXY.

Os mercados operam em compasso de espera pelo discurso que Jerome Powell, chefe da autoridade monetária americana, dará no início da tarde, podendo indicar pistas sobre os próximos passos do Federal Reserve, o BC americano.

— As falas vão ajudar investidores a calibrar suas expectativas sobre a trajetória de juros nos Estados Unidos e entender qual pode ser a velocidade e a intensidade do ciclo de corte de juros proposto nesse momento — afirma Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado do banco de câmbio StoneX.

Juros futuros fecham em alta

A curva dos juros futuros fechou em alta, reproduzindo incertezas sobre a condução das contas públicas, avalia Felipe Garcia, chefe da mesa de câmbio do C6 Bank. — A questão fiscal, que estava adormecida, está fazendo um pouco de preço.

Ao fechamento:

Empresas cíclicas sofreram no pregão de hoje:

As Bolsas de Nova York voltaram a renovar máximas nesta segunda. O Dow Jones subiu 0,14%, aos 46.381 pontos, enquanto o S&P 500 subiu 0,44%, aos 6.693 pontos, renovando o recorde pela 28ª vez no ano. O Nasdaq, de tecnologia, avançou 0,7%, aos 22.788 pontos.

Os traders de Wall Street desafiaram os pedidos por uma pausa após uma disparada de US$ 15 trilhões nas ações desde as mínimas de abril, com a Nvidia elevando o otimismo em torno da IA depois de prometer investir até US$ 100 bilhões na OpenAI. O papel da big tech subiu 3,93%.

Num momento em que as ações voltam a renovar recordes, puxadas pela força das big techs, os investidores devem ser “otimistas com responsabilidade”, diz Tony Pasquariello, do Goldman Sachs:

— Eu gosto do posicionamento e da relação risco/retorno tática? Não. Acho que alguém deveria se colocar na frente do trem das big techs americanas? Também não.

As ações da Embraer (EMBR3) se descolaram da vermelhidão do Ibovespa e decolar 4,63% ao fim do pregão, valendo R$ 80,30. O movimento foi em linha com o anúncio de que a Latam poderá comprar 24 aviões, podendo estender o pedido para mais 50 aeronaves.

Para o Itaú BBA, o pedido da aérea “pode levar a carteira de pedidos da Embraer a alcançar um novo recorde de US$ 31 bilhões no 3º trimestre de 25, o que deve ajudar a sustentar o rali das ações da empresa”, que já acumula alta de 53% no ano.

A Cosan (CSAN3) cedeu 18,13%, na segunda pior desvalorização diária na história da empresa, que abriu capital em 2005 (a maior foi em março de 2020, no início da pandemia, quando perdeu 18,43% num único pregão). Os papéis reagiram à proposta de subscrição privada de ações para reduzir o endividamento da companhia anunciada no domingo (entenda a operação nesta reportagem). Com a queda firme, a empresa perdeu R$ 2,53 bilhões em valor de mercado.

Por tabela, a Raízen, joint venture entre a Cosan e a Shell, também desvalorizou 7,75%, aos R$ 1,19. Para João Mamede, analista sênior de renda variável da AZ Quest, como não houve anúncio de que a Raízen “ganharia parte” deste capital aportado na Cosan, o papel amargou desvalorização.

O Ibovespa fechou a segunda em ligeira baixa, encerrando em queda de 0,52%, aos 145.109 pontos.

Para João Mamede, analista sênior de renda variável da AZ Quest, houve uma realização diante do rali das últimas semanas, mas pesou no índice as manifestações de domingo, que também acenderam um sinal pela magnitude: — Ninguém esperava que tivesse uma adesão do tamanho que foi, e acaba colocando mais volatilidade e incerteza sobre o cenário (eleitoral do ano que vem) — diz ele, afirmando que a volatilidade é parte de uma reversão de expectativas para a vitória de um governo que paute a recondução dos gastos públicos.

A Cosan (CSAN3) cedeu 18,13%, na segunda pior desvalorização diária na história da empresa, enquanto a Embraer (EMBR3) liderou a ponta positiva, aos 4,63%, após o anúncio de compra de aeronaves pela Latam.

O câmbio se descolou da desvalorização global do dólar e operou em alta durante todo o dia, subindo, ao fim o dia, 0,33%, aos R$ 5,33. O contrato futuro da moeda para outubro também subia levemente, aos 0,03%, aos R$ 5,348.

No exterior, o dólar perdeu força. Para Felipe Garcia, chefe da mesa de câmbio do C6 Bank, o fiscal volta a pressionar o câmbio: — O principal é o cenário local, diante da questão fiscal, além de todo ruído político desde a semana passada. É um ambiente conturbado e contínuo — diz ele, fazendo referência às votações na Câmara e a previsão de déficit primário que aumentou em R$ 4 bi para este ano, a R$ 30,2 bi.

Com uma atuação mais centrada da Lei Magnitsky em personagens, não instituições, pode ter tirado um pouco da pressão da cotação, afirma ele:

— Ter um escopo menor de aplicação da Lei, dada a expectativa que foi criada, é um fator um pouco mais positivo — afirma.

Os juros futuros operam em alta ao longo de toda a curva, refletindo a apreciação do câmbio.

Às 11h30:

Empresas voltadas ao consumo doméstico recuavam firme, num dia de tom negativo para todo o índice.

Pausa no fôlego. As Bolsas de Nova York operam em sentidos mistos nesta segunda, após uma recuperação de US$ 15 trilhões nas ações desde as mínimas do mês de abril. Às 11h30, o S&P 500 subia levemente, aos 0,01% de alta, aos 6.664 pontos; o Dow Jones caía 0,21%, aos 46.219 pontos, enquanto o Nasdaq avançava 0,17%, aos 22.671 pontos.

— É claro que há motivos para cautela, dado o atual nível elevado das avaliações em comparação com as médias de longo prazo. Depois de uma alta tão forte recentemente, um período de consolidação não deveria ser uma surpresa, em nossa visão — disse Mark Haefele, do UBS Global WM. Especulações no mercado apontam que o S&P já incorporou uma série de fatores, incluindo a retomada dos cortes de juros pelo Fed.

O dólar acelerou a alta e, às 11h10, subia 0,57%, aos R$ 5,35. A cotação para outubro da moeda também operava no mesmo patamar, subindo 0,14%. Para analistas, pesa no câmbio, que ia na contramão do movimento global da moeda, uma possível retaliação americana mais próxima após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão:

— A gente está no aguardo para ver qual o pacote de sanções econômicas os Estados Unidos vão fazer para o Brasil, se fizer algum pacote. O secretário de Estado Marco Rubio falou que, em resposta ao julgamento de Bolsonaro, iria anunciar algum tipo de retaliação, e a gente está aguardando — diz Ian Lopes, economista da Valor Investimentos, sobre a apreciação da moeda americana no fim desta manhã.

Após alcançar nova máxima na sexta-feira, o Ibovespa operava em queda na abertura dos negócios desta segunda. Às 10h15, o índice recuava 0,64%, aos 144.928 pontos. A maioria dos papéis operava em baixa.

Após anúncio de subscrição privada na empresa, a Cosan derretia 22,53%.

O bloco petrolífero caía, em linha com a desvalorização das duas referências do petróleo, de 1%: a Petrobras (PETR4) perdia 0,45% e Prio (PRIO3) -0,42%.

Quem destoava era a Embraer. As ações da fabricante subiam quase 2%, após a Latam anunciar a compra firme de 14 aeronaves da empresa, adotando pela primeira vez aviões da empresa brasileira.

Na semana em que Marco Rubio, secretário de Estado americano, afirmou prometer retaliações ao Brasil diante do veredito do julgamento de Bolsonaro, os bancos caem em bloco: Itaú (ITUB4) -1,1% e Bradesco (BBDC4) -0,96%

Os papéis da Cosan abriram a negociação atrasados, às 10h18, e logo entraram em leilão após alcançar desvalorização de 24%. O movimento acontece após o anúncio de um aporte através de subscrição de ações que pretende levantar até R$ 10 bilhões. O BTG, Perfin e Aguassanta vão aportar R$ 7,25 bi com objetivo de reduzir a alavancagem da Cosan em cerca de 50%.

Com o movimento, a empresa apagava R$ 3 bilhões em valor de mercado, saindo de R$ 14 bilhões para R$ 10,9 bilhões emmarket cap.

A Raízen, joint venture entre Cosan e Shell, também caía firme (RAIZ3), cedendo 8,53%.

O Boletim Focus, que resume expectativas do mercado financeiro para indicadores importantes da economia, mostrou esta segunda que houve uma redução na previsão para a Taxa Selic no fim do ano que vem, de 12,38% na semana passada para 12,25%, uma redução de quase três pontos percentuais do atual patamar.

“Esse movimento indica maior confiança na trajetória de desinflação, o que dá suporte a um ciclo de afrouxamento monetário mais consistente a partir do próximo ano”, disse Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos, em relatório divulgado nesta manhã.

As expectativas para os outros indicadores seguiram estáveis. Para 2025:

O dólar opera em leve alta na abertura da semana. Às 10h, a divisa subia 0,19%, aos R$ 5,33. O contrato futuro para outubro era ligeiramente estável, em recuo de 0,02%.

Na leitura da Ágora Investimentos, os “nvestidores aguardam falas de dirigentes dos principais bancos centrais — Fed, BCE e BoE — para calibrar expectativas sobre política monetária”. Por aqui, diz a Ajax Investimentos, “as atenções se voltam ao relatório bimestral de setembro”, que será divulgado pelo Banco Central durante a tarde.

O DXY, que mede o ímpeto da moeda americana frente a uma cesta com outras seis divisas, cede 0,25%. Nos prazos de um a cinco anos, os rendimentos das Treasuries, os títulos do Tesouro americano, são estáveis.

As apostas de Wall Street de que os cortes de juros do Fed continuarão a impulsionar as empresas americanas levaram as ações a máximas históricas, com investidores migrando para os cantos mais arriscados do mercado. Ao fechamento, o Dow Jones encerrou o dia em alta de 0,27%, aos 46.142 pontos; o S&P 500 subiu 0,48%, aos 6.631 pontos, enquanto o Nasdaq, de tecnologia, avançou 0,94%, aos 22.470 pontos.

— O Federal Reserve está cortando os juros em um momento em que as ações estão em máximas históricas e a economia ainda está crescendo — disse Robert Schein, da Blanke Schein Wealth Management. — Essa dinâmica é positiva para as ações.

A ausência de qualquer surpresa mais dura do Fed e a retomada do ciclo de cortes de juros podem ser suficientes para compensar os ventos contrários sazonais e sustentar o apetite por risco, disse Adam Turnquist, da LPL Financial.

O Ibovespa fechou em ligeira queda nesta quinta-feira, um dia após a decisão de juros nos EUA e no Brasil. Ao fim do pregão, o índice caiu 0,06%, aos 145.499 pontos.

Para Daniel Utsch, gestor de renda variável da Nero Capital, o movimento corresponde a um “dia de volume baixo e morno”:

— Tivemos semanas bastante voláteis. Talvez seja uma espécie de ressaca do mercado à espera de novidades em todas as frentes. É mais um compasso de espera — disse.

Filipe Villegas, estrategista da Genial Investimentos, faz coro:

— A reação de hoje acabou sendo uma correção frente aos fortes movimentos positivos ao qual estávamos acompanhando. Sobe no boato, cai no fato — afirma ele, que viu peso negativo dos papéis ligados à commodities ditar o rumo do dia. Os papéis preferenciais da Petrobras (PETR4) caíram 1,07%, enquanto a Vale (VALE3) cedeu 0,4%.

A moeda americana fechou em alta de 0,34% nesta quinta, aos R$ 5,31, no dia seguinte à decisão de juros dos EUA e do Brasil. Para analistas, o número de pedidos de seguro-desemprego na semana nos EUA, ligeiramente abaixo das expectativas (231 mil, ante previsão de 241 mil) foi lido como um contribuinte para fortalecer o dólar globalmente. O DXY subia 0,36% no fechamento.

Para Filipe Villegas, da Genial Investimentos, a cotação repercutiu os dados de desemprego americano abaixo das expectativas, “trazendo um número de mercado de trabalho ao contrário do que víamos há algumas semanas”.

— Powell frisou que a decisão (de corte) assume riscos por causa do comportamento da inflação. Então há uma volta, um fortalecimento do dólar dos EUA — diz Marianna Costa, economista-chefe da Mirae Asset, destacando que pode haver um recuo técnico após chegar um nível não alcançado ”há bastante tempo”.

Após o tom duro do comunicado de ontem do Copom, os investidores renovam as expectativas para os juros futuros. A leitura é de que a taxa, hoje em 15%, siga em patamar restritivo por mais tempo:

— O mercado tenta achar um novo equilíbrio nos juros mais curtos. E demora, porque tem player se zerando de posições anteriores, tem gente nova entrando, e isso acaba que acontece em ondas — afirma Francisco Segundo, estrategista da Terra Investimentos.

Os índices de Nova York, que fecharam ontem em sentidos mistos, operam em alta puxados pelas big techs. Perto do meio-dia, o Dow Jones avançava 0,46%, aos 46.230 pontos. O S&P 500 avançava 0,64%, aos 6.642 pontos, enquanto o Nasdaq subia 1,04%, aos 22.492 pontos.

Um rali nas big techs impulsionou as ações, que também subiram em meio à especulação de que os cortes de juros do Fed continuarão a fortalecer as empresas americanas.

Os títulos apagaram os ganhos após dados mostrarem que os pedidos de auxílio-desemprego caíram no ritmo mais forte em quase quatro anos, sugerindo que as empresas ainda estão mantendo seus trabalhadores. Os números apenas reforçaram a mensagem “reunião a reunião” do presidente do Fed, Jerome Powell, disse Ian Lyngen, do BMO Capital Markets.

O dólar opera ora em alta, ora em baixa, oscilando ao longo de toda manhã.

Para Francisco Segundo, estrategista da Terra Investimentos, a volatilidade é natural após a decisão de juros, e a moeda está operando num mix entre o exterior e o local:

— O câmbio está no cabo de força entre dólar forte lá fora e juros mais altos aqui — diz ele sobre a valorização do dólar no exterior nesta manhã. O DXY, que mede o desempenho da moeda americana frente a uma cesta de outras seis, opera em alta de 0,37%, aos 97,4 pontos.

— O mercado tenta achar um novo equilíbrio nos juros mais curtos. E demora, porque tem player se zerando de posições anteriores, tem gente nova entrando, e isso acaba que acontece em ondas — afirma ele sobre a volatilidade, afirmando que o mercado começa a “tirar um pouco os cortes precificados para 2026” diante do tom duro do comunicado do Copom de ontem.

O Ibovespa opera em correção na abertura dos negócios desta quinta-feira. O movimento acontece após o tom duro do comunicado do Copom ontem, que demonstrou que a Selic seguirá alta ainda por algum tempo. Os juros futuros operam em alta, prejudicando papéis voltados ao consumo cíclico. Às 10h30, o índice dedia 0,06%, aos 145.506 pontos.

AMagazine Luiza (MGLU3) apresentava ligeira alta, de 0,18%, enquanto a Cyrela (CYRE3) perdia 0,03%. Localiza (RENT3) perdia mais, aos 1,85% de queda.

A Petrobras (PETR4) cedia 0,06%, em linha com o leve recuo das duas principais referências do petróleo, que caía 0,15%. A Vale (VALE3) operava em levíssima alta, de 0,28%, na contramão da desvalorização do minério de ferro, de 0,12%.

O setor financeiro também recuava, em sua maioria, com os papéis do Banco do Brasil (BBAS3) iam na contramão das perdas, subindo 2,47%.

Num dia de abertura negativa para a Bolsa, a Natura (NATU3) avança 13,4% após informar que vendeu as operações da Avon International por uma libra esterlina. A negociação envolve as operações da marca fora da América Latina e da Rússia, e foi vendida para a Regent.

Um dia depois da decisão de juros no Brasil e nos Estados Unidos, a moeda americana opera em leve queda na abertura dos negócios desta quinta-feira, após o diferencial entre a taxa básica entre os dois países aumentar. A divisa, que chegou a valer R$ 5,26 nesta manhã, oscila em leve recuo de 0,04%, aos R$ 5,29.O contrato futuro para outubro também cede, aos 0,43% de queda, valendo R$ 5,30.

— O tom do comunicado foi considerado mais duro do que o esperado, ao mencionar a necessidade de manter os juros estáveis por longo período e não trazer condicionantes ou fatores de risco que pudessem fazer o comitê repensar a sua trajetória de juros. Então, essa postura mais firme do Copom melhora as perspectivas para a rentabilidade dos títulos brasileiros e ajudam a atração de investimentos estrangeiros — diz o analista de inteligência de mercado do banco de câmbio StoneX, Leonel Mattos.

Os juros futuros encerraram em queda ao longo de toda a curva desta quarta, na esteira do corte dos juros nos EUA, apesar de terem se descolado das mínimas após declarações de Powell demonstrando que ainda segue vigilante com os rumos.

Ao fechamento:

Com a queda do DI, ações de empresas voltadas ao mercado doméstico seguiam em avanço firme:

As Bolsas de Nova York oscilaram, com receio sobre as preocupações de Jerome Powell na condução do juro americano, sugerindo que “não há um caminho sem riscos” pela frente.

O Dow Jones subiu 0,57%, aos 46.018 pontos; o S&P 500 caiu 0,1%, aos 6.600 pontos, enquanto o Nasdaq encerrou no vermelho, aos 0,33% de queda, valendo 22.261 pontos.

— Os investidores devem ter cautela em levar o dot plot ao pé da letra, já que este é claramente um FOMC em que o rumo da política ainda é incerto — disse Ronald Temple, da Lazard.

— Será que veremos uma reação clássica de ‘vender no fato’ ao anúncio do Fed, especialmente no mês de setembro, que costuma ser sazonalmente fraco? Embora os mercados possam precisar de uma pausa, os investidores otimistas provavelmente aproveitarão para ‘comprar na queda’ — disse Bret Kenwell, da eToro, à Bloomberg.

Após a decisão pela redução do juro americano, o dólar comercial à vista oscilou e chegou a cair aos R$ 5,27, mas encerrou o dia em ligeira alta, aos R$ 5,30, subindo 0,06%, encerrando uma sequência de cinco dias seguidos de desvalorização.

Para analistas, a interrupção de cinco seguidas quedas do dólar veio de uma dúvida sobre o posicionamento de Powell após a decisão, diz Alexandre Viotto, chefe da mesa de câmbio da EQI Investimentos:

— Ficou mais claro que Powell é muito cuidadoso com as palavras, mas mostrou que ele está incomodado. Ele disse que é difícil tomar medida e servir para os dois mandatos — diz, afirmando que a desconfiança com a condução do juro fez o mercado levantar dúvidas se haverá mesmo outros dois cortes no juro americano até dezembro.

Após a decisão pelo corte do juro americano nesta quarta-feira, o Ibovespa voltou a surfar no maior apetite a risco global e também chegou a superar os 146 mil pontos pela primeira vez na história, mas encerrou em avanço de 1,06%, aos 145.594 pontos, firmando um novo recorde de fechamento.

Para Sidney Lima, da Ouro Preto Investimentos, a sequência de recordes advém diretamente da redução da taxa:

— Taxa de juro alta nos EUA é buraco negro para atrair recurso, e há aquela relação entre risco e retorno: a economia mais segura pagando muito bem, então obviamente aplico lá. Quando há flexibilização de juros, o apetite para emergentes começa a ganhar mais relevância. É uma troca desse fluxo — diz ele, que pontua ainda os múltiplos descontados e a perspectiva de redução na Selic do Brasil, o que favorece o crescimento econômico e, consequentemente, o mercado de capitais.

Movimento acontece após decisão de redução do juro americano; amplamente aguardada, mediana das projeções dos diretores apontam para duas reduções seguidas que somam meio ponto adicional de queda.

O Ibovespa subiu aos 146 mil pontos, renovando a máxima histórica intradiária.

O dólar à vista apresenta leve alta por volta das 14h desta quarta, à beira da decisão do juro americano, que será revelada às 15h. A moeda subia levemente, aos 0,16% de alta, valendo R$ 5,30.

Para analistas, o movimento pode se reverter a partir da divulgação da taxa e dos dot-plots, previsão do Fed para os futuros cortes.

— Os agentes de mercado já se posicionaram para a decisão, O movimento mais brusco, caso aconteça, só vem após a divulgação — diz João Soares, sócio-fundador do escritório Rio Negro Investimentos.

As Bolsas de Nova York operam em sentidos opostos na abertura dos negócios na manhã desta quarta, na esteira do aguardo pela decisão do juro americano. Uma hora após a abertura, o Dow Jones subia 0,53%, aos 46.006 pontos; o S&P 500 caía 0,1%, aos 6.600 pontos, enquanto o Nasdaq caía 0,42%, aos 22.240 pontos.

A tão aguardada decisão do Federal Reserve será divulgada em breve, com operadores de Wall Street esperando que as autoridades cortem os juros pela primeira vez neste ano e revelem a dimensão das reduções previstas para os próximos meses.

Esse será um ponto-chave para o comportamento dos mercados imediatamente após o anúncio e também influenciará as decisões dos investidores daqui para frente. Por ora, a movimentação é relativamente contida em todos os segmentos, com ações, títulos e o dólar registrando poucas variações.

Os juros futuros operam em queda ao longo de toda a curva na manhã desta quarta, na esteira da expectativa de corte dos juros nos EUA às 15h.

Às 11h:

Com a queda do DI, ações voltadas ao mercado doméstico seguiam em avanço firme:

O Ibovespa abriu o dia beirando a estabilidade, mas logo renovou nova máxima intradaynesta quarta de ânimos elevados diante da expectativa do corte do juro americano. O índice tocou a máxima de 145.083 pontos, em avanço de 0,71%.

O recuo dos juros futuros favorecia as ações de empresas voltadas ao mercado doméstico. A Magazine Luiza (MGLU3) liderava a ponta positiva, subindo 4,19%, enquanto o Pão de Açúcar (PCAR3) vinha logo atrás, em alta de 3,37%. Renner e Localiza também avançavam, com a rede de vestuário (LREN3) ampliando 0,77% e a empresa de locação (RENT3) subindo 1%.

— É a superquarta mais importante do ano, com consenso de corte de 0,25 p.p. nos EUA, e aqui consenso pela decisão de manutenção em 15%, gerando (aumento no) diferencial de juros — diz Gustavo Trotta, sócio da Valor Investimentos.

Os papéis da Petrobras (PETR4), com peso no índice, operavam em leve alta de 0,19%.

A moeda americana, quefechou ontem pelo quinto dia seguido em baixa, iniciou a quarta-feira beirando a estabilidade. Às 10h15, a divisa subia levemente, aos 0,06% de alta, valendo R$ 5,30. A cotação futura para outubro da moeda era estável (zero), valendo R$ 5,31.

“Os mercados iniciam o dia sem direção clara, esperando a decisão do Fomc (comitê de política monetária americana)durante a tarde, esperando a reabertura do ciclo de corte de juros”, diz relatório dos economistas Arthur Mota e Luiza Paparounis, do BTG Pactual.

Depois de atingir ontem o menor patamar desde fevereiro de 2022, o DXY suspirava, subindo 0,1%, aos 96,75 pontos. As taxas das Treasuries, os títulos do Tesouro americano, também oscilavam perto da estabilidade.

As Bolsas de Nova Yorkfecharam o dia em leve queda, com os investidores aproveitando para realizar lucros antes da decisão do juro amanhã. Ao fechamento, o Dow Jones caiu 0,27%, aos 45.757 pontos; o S&P 500 cedeu 0,13%, aos 6.606 pontos, e o Nasdaq beirou a estabilidade, cedendo 0,07%, aos 22.333 pontos.

Para Bret Kenwell, da eToro, diante dos recentes dados do mercado de trabalho, as vendas no varejo eram uma grande dúvida nesta semana.

— Em outras palavras, a fraqueza recente do mercado de trabalho afetaria o consumo? A resposta curta parece ser não — disse ele.

Kenwell destacou que as estimativas de lucro continuam em alta e que o consumo permanece sólido. Enquanto esses ventos favoráveis persistirem, as ações podem continuar tendo bom desempenho, mesmo que o mercado faça uma pausa, afirmou.

Com a desvalorização do câmbio e às vésperas da decisão do juro americano, onde a maioria dos operadores preveem queda, os juros futuros fecharam em baixa ao longo de toda a curva.

Ao fechamento:

Com o movimento, ações voltadas ao mercado doméstico subiram:

O dólar fechou pelo quinto dia consecutivo em queda. Nesta terça, na véspera da decisão do Fed, que deve consagrar um corte no juro da principal economia do mundo, a divisa apresentou desvalorização em todo o mundo. Por aqui não foi diferente: o dólar à vista caiu aos R$ 5,29, redução de 0,43%, e fechou o dia no menor patamar desde junho de 2024.

Para analistas, além do movimento de enfraquecimento global, fatores domésticos contribuem para o desempenho:
— Dois fatores domésticos ajudam a derrubar a cotação: o diferencial de juro brasileiro, há expectativa de quea Selic fique estável até o fim do ano, E a ausência de retaliações dos EUA ao Brasil depois da condenação de Bolsonaro — diz Leonel Mattos, do banco de câmbio StoneX.

Só em 2025, o dólar desvaloriza 14%.

Para Eduardo Grübler, da AMW, um cenário mais competitivo para as eleições também contribui para o desempenho da moeda.

O Ibovespa encerrou a terça-feira, véspera de decisão do juro americano — em que o mercado aposta num corte — em mais um novo recorde de fechamento. Agora, o Ibovespa encerrou em número preliminar de 144.062 pontos, alta de 0,36%.

O índice vem renovando, desde o dia 29 de agosto, novas máximas de fechamento. Esta é a quinta vez em 14 pregões que o principal agregado da B3 renova seu recorde.

Na visão de analistas, diversos fatores contribuem com os números. Além do corte de juro americano, que tende a “tirar” investidores das aplicações americanas e investir em outros locais, como em emergentes, há fatores locais contribuindo com as máximas.

— O mundo está procurando outros mercados, ou seja, muito do crescimento da Bolsa vem pelos estrangeiros — diz Luciano Telo, chefe de investimentos do suíço UBS WM no Brasil, afirmando que os preços descontados dos papéis favorecem o apetite.

Uma pesquisa realizada mensalmente pelo Bank Of America com gestores de fundos da América Latina mostrou que o apetite a risco em setembro subiu ao maior nível desde 2021, em aproximadamente 35%, enquanto a aposta em investimentos com menor risco está abaixo de 20%.

A pesquisa, que ouviu 33 gestores que coordenam US$ 95 bilhões em investimentos, mostrou que a maioria deles vê o Ibovespa alcançando até 160 mil pontos até o fim do ano. Para o câmbio, a maioria vê o dólar na faixa entre R$ 5,11 e R$ 5,40, ante previsões há um mês do câmbio entre R$ 5,41 e R$ 5,70.

Houve um ligeiro aumento nas apostas para um corte no juro brasileiro em dezembro.

Na pesquisa, o chamado trade eleitoral, quando os investidores vão buscar posições diante das eleições, deverá ser iniciado só no primeiro semestre do ano que vem.

O dólar segue em queda no início desta tarde. Às 13h, o dólar à vista caía 0,37%, aos R$ 5,30, enquanto a cotação à vista para outubro perdia o mesmo percentual, valendo R$ 5,32.

Para Ian Lima, gestor na Inter Asset, o movimento acompanha a desvalorização global do DXY, o índice que mede o dólar frente a seis moedas fortes:
— Há viés para um risco de novo dissenso no Fed, o que colocaria um viés pra mais cortes, a depender dos dados, o que enfraquce o dólar pelo canal de diferencial de juros — afirma ele, fazendo referência à entrada de capital internacional por conta da diferença de juros entre o Brasil e os EUA. Entenda o mecanismo nesta reportagem.

Foi com choque que veteranos de Wall Street reagiram após o novo diretor do Fed, Stephen Miran, mencionar, em depoimento ao Congresso a proposta de um “terceiro mandato” para o BC americano, que, segundo ele, deveria buscar também “taxas de juros de longo prazo moderadas”. Miran é o primeiro diretor do Fed apontado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em seu atual governo.

É que nos EUA a missão da autoridade monetária é dupla: buscar simultaneamente a estabilidade dos preços e o máximo de emprego possível. A posição do novo indicado por Trump foi lida como um alarme.

Fonte: Globo

 

 

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