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5ª edição do Madeira Sustentável reúne setor florestal no Nordeste e amplia agenda nacional de debates

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Encontro realizado em Salvador reforça diálogo técnico e institucional sobre manejo florestal sustentável em diferentes regiões do país

A 5ª edição do Madeira Sustentável: O Futuro do Mercado consolidou, nesta semana, em Salvador (BA), a trajetória iniciada pelo Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF), em parceria com o Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira (Cipem), para ampliar o diálogo técnico e institucional sobre manejo florestal no país. Realizado no auditório da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Federação das Indústrias do Estado da Bahia), na última quarta-feira (19), o encontro reforçou a aproximação do setor com o Nordeste, importante mercado da madeira nativa no país.

Desde 2023, o evento percorreu São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Florianópolis antes de chegar à capital baiana, reunindo empresários, especialistas, pesquisadores e representantes do poder público. O balanço das edições mostra avanço consistente na percepção da madeira legal como vetor de desenvolvimento econômico e conservação ambiental.


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“A missão de eventos como este, organizados pelo Fórum em parceria com diversas instituições ao longo dos últimos dois anos, é enfrentar o preconceito histórico em relação ao manejo florestal”, afirmou o presidente do FNBF, Frank Rogieri. “O setor é técnico, regulado e essencial para manter a floresta em pé. Cada edição abriu novas portas e aproximou regiões que precisam caminhar juntas.”

O Brasil mantém hoje 5,02 milhões de hectares sob manejo florestal sustentável, responde por 39% das florestas mundiais e produziu 7 milhões de m³ de madeira em 2024. As exportações chegaram a US$ 1,13 bilhão, gerando mais de 20 mil empregos diretos e indiretos.

O fortalecimento do setor também é prioridade para as políticas ambientais de Mato Grosso, destacou Mauren Lazzaretti, secretária de Estado de Meio Ambiente. Para ela, o manejo florestal sustentável é “uma das estratégias mais consistentes para manter a floresta em pé e estruturar cadeias produtivas que geram renda, tecnologia e conservação”.

A edição também reforçou a relevância do Nordeste como nova frente de negócios. O presidente do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem), Ednei Blasius, avaliou que a conexão regional é estratégica. “O setor de base florestal de Mato Grosso tem ampliado boas práticas e fornecido madeira legal para diferentes polos consumidores. Aproximar o Nordeste do produtor é fundamental para abrir mercado e qualificar a compra”, disse.

O secretário de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso (Sedec), César Miranda, ressaltou os ganhos econômicos associados à atividade. Para ele, “o manejo não só preserva, como recupera a floresta. Boas práticas como esta precisam avançar, porque geram emprego, renda e competitividade para Mato Grosso e para o Brasil”.

A FIEB, anfitriã do encontro, reforçou a importância de ampliar o debate sobre economia verde. “O setor florestal tem papel decisivo na integração entre regiões e na geração de oportunidades”, afirmou o presidente da instituição, Carlos Henrique Passos.

Presente também nas edições anteriores, a Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) é uma das parceiras estratégicas do evento. Para o presidente Silvio Rangel, o trabalho desenvolvido pelo setor é determinante para proteger a floresta, gerar emprego e atrair investimentos. “É uma indústria que entrega ao país uma madeira sustentável, de muita qualidade, um bem tão importante para o nosso país”, destacou.

Lançamento – A 5ª edição apresentou, em primeira mão, o documentário gravado em Alta Floresta (MT) com o biólogo e comunicador Richard Rasmussen, que mostra a regeneração das áreas quatro anos após o manejo. Para Rasmussen, o manejo técnico mantém a floresta viva, mensagem considerada estratégica pelo FNBF. “Existe desinformação. Trazer o Richard mais uma vez é garantir que a informação correta alcance o público nacional e internacional”, disse Rogieri. Assista aqui.

Com 24 entidades filiadas em 14 estados e mais de 3.500 empresas representadas, o FNBF consolida, por meio do Madeira Sustentável, uma agenda nacional de debates, negócios e inovação que hoje se destaca entre as principais iniciativas do setor florestal no país.


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